11 de abril de 2011

Somente três coisas

O que me resta dizer são só três coisas:


Primeiro: "Jamais diga 'nunca'!", assim, me desculpe as diversas vezes que te disse ou escrevi NUNCA a você (aos teus sentimentos). Realmente quis medir o mundo ou teu mundo com a minha medida, mas entenda, que eu aprendi o que é amor no cotidiano dos meus dias, e não num livro ou qualquer outra coisa, talvez foi por isso que não aprendi o que é o amor como você o conhece e o experimentou... só te peço perdão por idealizar algo que talvez nunca experimentei de verdade, é que as formas que eu "o" experimentei não forão tão belas ou felizes. Minha vida foi difícil, mas de quem não é. E talvez por isso idealizei o amor. Mas quem também nunca idealizou algo? Você já idealizou ou sonhou com algo perfeito?


Segundo: Sou "inconstante"? Sim eu sou. Mas quem não tem suas dúvidas, incertezas, crises e não comete erros devido a sua falta de constância. Lembro de Augusto (da obra "A Moreinha" de Joaquim Manuel de Macedo), ele era volúvel, inconstante e incapaz de amar. E que aconteceu no decorrer da história? Carolina (a moreninha) conseguiu fazê-lo amar. Se o amor é uma decisão, um verbo, uma ação, um sentimento, algo mútuo, interesseiro, empático, algo definível ou não já não sei mais. Só sei que ele existe! Mesmo que talvez eu nunca o tenha experimentado, sei que ele existe. Mas então como experimentá-lo? Alguém tem que se esforçar, ser persistente pra ensiná-lo a mim. A mãe esforça-se pra dar de comer ao filho, o professor se esforça pra que o aluno preste atenção e aprenda e ai vão-se os exemplos. Mas na questão do amor, quem ira me ensiná-lo como ele é?


Terceiro: O tempo. Ao tempo vou dar o meu silêncio, não serei frio ou indiferente. Serei paciênte. E isso talvez seja meu maior martírio. Quem me conhece sabe que não sei esperar. Assim, darei ao tempo não só tempo, mas meu silêncio.

"O amor é paciente, o amor é prestativo, não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regogiza com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará" (1Cor 13,4-8a).


3 comentários:

Priscilla disse...

Este texto me causou uma profunda reflexão... Ontem foi difícil conseguir dormir, rs
Um dia me disseram que "o tempo não cura tudo, aliás o tempo não cura nada, o tempo apenas desloca o incurável do centro das atenções."
Eu temo que isso seja verdade!

Obrigada pela partilha! Abraços,

Franciscarlo de Souza disse...

Talvez seja, não sei. Somente o tempo irá nos mostrar isso. Talvez ele realmente só desloque o que estamos sentindo para um lugar onde não mais o vejamos, mas nãoe sei ao certo. Realmente não sei!

Franciscarlo de Souza disse...

Acho que você e eu sabemos muito bem que o que cura as feridas não é o tempo, mas o diálogo! Isso acho que cura sim o "incurável". O DIÁLOGO!!!