8 de abril de 2011

O amor é empático!

Andei refletindo sobre a vida... e nesta jonada (a vida) fui observando com muita ternura na minha história e na história de muitas pessoas que conheço e conheci que o diálogo é sim a fonte para que uma relação seja fecunda, vibrante e duradoura, como disse em textos anteriores, contudo, posso dizer, que não me esqueci, mas, que não havia refletido sobre a empatia (pôr-se/sentir-se no lugar do outro/a) e assim, digo a vocês e a mim mesmo: "o diálogo fonte de cumplicidade, quando não acontecido com o sentimento de empatia, não poderá fortalecer o amor".


E por quê digo isso? Digo isso porque quantas e quantas vezes eu, você, nós não ouvimos o que alguém tinha a nos dizer, mas tudo o que a pessoa disse "entrou numa orelha e saiu na outra", devido que eu não estava acolhendo com amor empático aquilo que me era dito. E o que aconteceu depois: falei (falamos) bobagem. Pois o que prevaleceu foi a nossa auto-suficiência em querer dar o nosso parecer e talvez tentar resolver o problema alheio ou de ambos/as. Estavamos tão preocupados em dar uma boa resposta que não SENTIMOS o que a pessoa amada tinha a nos falar, pois toda palavra vem carregada de sentimentos - será que somos sensíveis o necessário para sentir nas palavras, gestos, ou no silêncio o que alguém está sentido?


Não existe amor apático, ou seja, um amor que ignora, um amor frio para com as necessidades dos outros, existe sim, o amor empático e o amor simpático. No amor simpático eu, você, nós somos agradáveis, educados e prestativos, mas este tipo de amor não chega ao intímo do coração, pois ele está muito relacionado com questões externas, aparentes, pois, eu posso não "me dar" com uma determinada pessoa, mas mesmo assim, posso ser uma pessoa simpática com ela. Mas se compreendo ou sinto a necessidade de compreender o outro, buscarei aprofundar minha sensibilidade para exercer cada vez melhor a empatia.


Lembre-se: "Quem conhece, ama. Quem ama, perdoa. Quem perdoa, perdoa porque conhece e ama" a pessoa que está ao seu lado, mesmo esta, sendo cheia de defeitos, entretanto, o amor vê as qualidades em primeiro lugar, depois, os defeitos trabalhamos juntos.

Um comentário:

Priscila disse...

Quando li seu texto, lembrei dessa frase de Humberto Mariotti:
"
Ouvir até o fim o que o outro tem a dizer é muito difícil, porque implica transacionar a vida com ele, deixar de vê-lo como um objeto. O "já sei, já conheço", é a lâmina com que lhe cortamos a palavra. É a violência com a qual interrompemos a formação das redes de conversação, tão necessárias ao desenvolvimento de uma alteridade solidária."
Na maioria das vezes o principal obstáculo para o diálogo não é a desconfiança ou a má vontade, mas "meios" que interferem em nosso caminho, e faz tudo parecer mais certo da maneira como está. Mas o diálogo pode ser uma consequência, mais cedo ou mais tarde ele aparece em nosso caminho, concerta tudo, e fortalece o que ficou adormecido. "Quem perdoa, perdoa porque conhece e ama".