28 de março de 2011

Ame enquanto há tempo!

Existem duas distâncias (realidades) que nos separam do amor: uma material e outra espiritual.


Na distância material (corpos físicos), a pessoa que amamos pode estar longe de nós por vários e até milhares de quilomêtros ou por oceanos, mas, sempre há a esperança do reencontro. Mas quando são as almas que se "separam" (distância espiritual), isto é, com a morte, não adianta esperniar, gritar, dizer que eu, você o/a ama. Tenha a certeza de que quem se foi com a morte não vai ouvir-nos.


O que nos resta é chorar a tristeza de nunca ter dito o quanto nós amamos tal pessoa (agora é tarde para dizer: eu te amo). O que permanece em nós é o desejo de chorar por não ter dado o valor necessário para a pessoa amada. Nos sobra chorar por não ter correspondido com mutuidade, reciprocidade o que a pessoa amada nos ofertou e não retribuimos.


Deste modo, digo: "não espere ficar de luto, para dar valor e amor (em gestos e palavras) a quem já não pode mais te ouvir, ver, sentir...". Assim, ame com intensidade e reciprocidade, ou seja, se te ofertam amor, seja generoso/a e dê também amor. É preciso ser mútuo nas relações.


Dê amor sem interesse, mas lembre-se que eu, você, nós precisamos também ser amados. Isso não é egoísmo ou interesse (dar afeto pra receber afeto) é uma necessidade! Amar e ser amado é algo necessariamente preciso numa relação. No pouco que viveu amou muito. Amou tudo o que podia, enquanto pôde. "Se não fizermos nossa parte agora, se quiser fazer amanhã talvez não dê mais tempo" - Andressa Barragana Duarte.


Se ainda há tempo para amar, então ame. Não espere vir a dor da separação eterna para expressar o quanto você ama quem está do seu lado.

Um comentário:

Elaine Epifanio disse...

Belo texto. Ame enquanto há tempo para amar.